janeiro 11, 2016

E aí, você acredita em acasos?


      Já se imaginaram em cenas de filmes, onde as personagens são destinadas a se encontrar e isso sempre acontece de modos bem clichês: livros caindo, olhares se fitando vergonhosamente, ou até mesmo chuvas inesperadas?!  Essas cenas tornam-se ainda mais reais, quando você se permite ser guiado pelo tempo, pela vida e pela emoção.
      A racionalidade em uso contínuo e demasiado danifica o que temos de mais belo: o amor e a esperança. Assim como também diminui nossa percepção dos sentidos da vida, então deixe a chuva cair, deixe o sol tocar-te a pele, não estou dizendo para passar o resto de seus dias aguardando o inesperado, mas também, não faz bem passar a maior parte deles tentando encontrar situações que são somente formadas por instantes, encontros e  principalmente pelo destino.
     E por não ter acreditado nisso eu sempre agia de modo cauteloso, vendo o mundo amargo e perigoso, aplaudindo-o em minha própria zona de conforto. Já não podia ver flores, só via dores das marcas feitas pela solidão. Mas quando eu acordei a esperança já estava plantada como uma semente de mostarda em meu coração. E então, tive a certeza que os momentos de beleza poderiam ressurgir, crescer e se enaltecerem.  
         E quase em um passe de mágica, a razão perdeu a cena, e o meu eu agora contracena com seu sorriso, que estava perdido enquanto eu calculava o incalculável, enquanto procurava certeza no incerto, como se eu montasse  um quebra-cabeça que faltasse alguma peça, e ela não estava no “País das Maravilhas”, em “Nárnia”  ou “Hogwarts”, não estava  nas  teorias da vida, nas  fórmulas de química,  não bastava somente sua procura para que provassem sua ausência, pois primeiramente seria necessário sentir sua presença, que poderia estar, ali ou lá, ao lado, perdido, escondido em qualquer lugar. 

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