Já se imaginaram em cenas de filmes, onde
as personagens são destinadas a se encontrar e isso sempre acontece de modos
bem clichês: livros caindo, olhares se fitando vergonhosamente, ou até mesmo chuvas
inesperadas?! Essas cenas tornam-se ainda
mais reais, quando você se permite ser guiado pelo tempo, pela vida e pela
emoção.
A racionalidade em uso contínuo e demasiado
danifica o que temos de mais belo: o amor e a esperança. Assim como também
diminui nossa percepção dos sentidos da vida, então deixe a chuva cair, deixe o
sol tocar-te a pele, não estou dizendo para passar o resto de seus dias
aguardando o inesperado, mas também, não faz bem passar a maior parte deles
tentando encontrar situações que são somente formadas por instantes, encontros
e principalmente pelo destino.
E por não ter acreditado nisso eu sempre
agia de modo cauteloso, vendo o mundo amargo e perigoso, aplaudindo-o em minha
própria zona de conforto. Já não podia ver flores, só via dores das marcas
feitas pela solidão. Mas quando eu acordei a esperança já estava plantada como
uma semente de mostarda em meu coração. E então, tive a certeza que os momentos
de beleza poderiam ressurgir, crescer e se enaltecerem.
E quase em um passe de mágica, a razão
perdeu a cena, e o meu eu agora contracena com seu sorriso, que estava perdido
enquanto eu calculava o incalculável, enquanto procurava certeza no incerto, como
se eu montasse um quebra-cabeça que
faltasse alguma peça, e ela não estava no “País das Maravilhas”, em “Nárnia” ou “Hogwarts”, não estava nas
teorias da vida, nas fórmulas de
química, não bastava somente sua procura para que provassem sua ausência, pois primeiramente seria necessário sentir sua presença, que poderia estar, ali ou lá, ao lado, perdido, escondido em qualquer lugar.
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