janeiro 13, 2017

Resenha: O Pianista de Wladislaw Szpilman.

Livro: O Pianista.

Autor(a): Wladislaw Szpilman.


Editora: BestBolso. 


Ano: 2003 (ano de lançamento no Brasil pela editora BestBolso e Record).


Páginas: 222.


Sinopse: A incrível história do jovem e talentoso pianista Wladislaw Szpilman - ele mesmo autor do livro e judeu sobrevivente do gueto de Varsóvia - é narrada nesta obra que inspirou Roman Polanski a adaptá-la para o cinema. O pianista é uma raridade, pois foi escrito de forma vívida e realista, imediatamente após a experiência de Szpilman durante a Segunda Guerra. Em 1939, no exato momento em que as bombas começaram a cair na capital polonesa, Szpilman executava ao piano o "Noturno em dó menor" de Chopin, na Polskie Radio. Seis anos depois, terminada a guerra, tocou a mesma peça musical para marcar a retomada das atividades na rádio. Este é um dos muitos e emocionantes relatos descritos em O pianista, documento histórico e humano que revela um período de esperança, sofrimento e vitória. 

  O livro O pianista retrata a vida de um músico judeu que lutou pela sua sobrevivência no Gueto de Varsóvia, cidade Polonesa, que durante a Segunda Guerra mundial, foi um cenário de horrores. O livro sofreu várias alterações antes de ser publicado devido a censura. Além de expor os horrores cometidos pela exército Alemão, com fragmentos do diário de um Capitão da SS (exército Alemão), este revela um (até então "mito") que fora disseminado pelos Alemães no pós-guerra: o front não tinha conhecimento das torturas, das repugnantes medidas adotadas de tratamento aos judeus. Uma cena que marcou muito (entre tantas outras) retratadas por Szpilman, foi a de uma invasão domiciliar, logo no inicio da Segunda Guerra, onde uma familia judia estava reunida a mesa, e os Gendarmes (soldados de corporações especiais), aos berros, invadiram a casa ordenando que todos se levantassem. Todos, exceto um membro (mais idoso) da família se levantou, devido á sua deficiência física, o mesmo utilizava-se de cadeiras de rodas para se locomover. Mesmo com o maior esforço possível realizado, este não pôde se por de pé. Frente á essa "afronta", um dos Gendarmes, irritado, levantou-o (com a cadeira de rodas) e jogou-o vários andares abaixo. Szpilman pôde visualizar o momento em que o judeu estatelou-se no chão. 
  Neste livro, temos relatos feitos com um certo distanciamento do autor, o que pode ser justificado pelo momento em que foi escrito, no pós-guerra, onde por ter conseguido salvar-se, uma mistura de alívio, medo e profunda angústia o envolvia de tal forma, que provavelmente levara tempo até que conseguisse assimilar tudo o que passou.
 Os registros do Capitão se encontra no pósfacio do livro, junto de mais algumas informações acrescentadas por Wolf Biermann, escritor/compositor/poeta alemão, odiado pela nação do pós-guerra, pelas suas criticas ácidas ao país de origem e por escancarar verdades da Segunda Guerra que muitos recusam-se enxergar. 
 Com o sucesso do livro, como citado na sinopse, a obra foi então adaptada para o cinema. Identificando-se e sensibilizando-se com a história, Roman Polanski, também vitima do Holocausto (teve os pais aprisionados em um campo de concentração, onde a mãe, não consegui se salvar) foi capaz de retratar todo o drama vivido por Wladislaw de maneira fiel. O filme foi indicado em diversas premiações, dentre elas: o Globo de Ouro. 

  Recomendo a leitura!

  Há quem venha a se interessar, segue o TRAILER


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