Ele acende o cigarro, deitado no carro, com ela em seus braços e a cabeça em seu tórax ouvindo o descompasso de batidas que virou seu coração. Ela era água e ele o vinho. Ele o furacão, e ela uma brisa suave de verão. Estava tudo um desacerto só, mas ela se emaranhou de tal forma em seus encantos, não queria sequer desfazer esse nó.
A noite era fria, mas o fogo ardia entre beijos, abraços, respirações ofegantes e roupas bagunçadas.
Logo ela que odiava o cheiro do cigarro, conhecia um malboro de longe e o mesmo um sentimento bom já despertava.
Logo ela, toda boneca, de sapatilha e saia, só queria estar por perto do desajeitadão de boné e calça rasgada.
As probabilidades eram nulas disso dar certo. O amor que nasceu entre os dois tinha prazo de validade contado. 3 meses. Mas amaram com um amor que não se via em casais que completavam suas bodas de ouro. Amaram com uma intensidade que ultrapassa qualquer escala. Amaram como se fosse a última vez. E foi. A deles.
Ela sempre será o grande amor de sua vida. E ele o dela. Mas a vida as vezes tem dessa, nos dá pequenos infinitos em bancos de horas contadas.
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