fevereiro 28, 2017

Eu "vivo de saudades"?



NÃO. Eu não vivo de saudades e muito menos, morro dela. 
 Eu sei, eu sei. Já disse o contrário muitas vezes na vida (em muitos textos e contextos também) mas sabe de uma coisa? Aquele tão famoso ditado clichêzão que diz "quem vive de passado é museu" que a gente sempre escuta dos amigos, parentes... É bem válido pra quem tem os pés no chão, e bem, essa sou eu, de agora. 
 Sério, eu estou aqui, beirando os meus 20 anos e parando pra analisar, muitas vezes, acabei desperdiçando muito tempo da minha vida, presa a coisas do passado. Sempre dizendo "devia ter feito esse curso antes", "sou muito velha pra isso agora" ou então, "daria certo se fizesse diferente". 
 E caramba, sério todos esses "ia" e "ses", deleta do seu vocabulário! Juro que eu, estou tentando com todas as forças deletar do meu. Sou uma pessoa apaixonada por séries, porque sempre consigo tirar alguma lição ou alguma reflexão delas e bem, tem uma que fala muito sobre amor próprio e coisas do gênero, chamada My Mad Fat Diary. Se eu fizer um resumo corrido, vai parecer bem idiota, eu teria de explicar qual a essência da personagem principal pra vocês terem uma ideia do quanto essa série levantas questões de cunho comportamental, que são importantes. Então, não vou resumi-lá. Mas deixo a indicação, porque realmente vale a pena assistir. MAS, voltando. Estava eu assistindo essa série e num dado momento, a personagem principal se encontrava perdida em tantos caminhos diferentes disponíveis a sua volta. Ela não sabia qual seguir e SEMPRE achava que, o caminho que levava aos seus sonhos, era SEMPRE o mais inviável. Então, um dia, ela vai a uma palestra, dessas de orientação profissional, quando escuta algo que, acaba mudando a forma dela de pensar (e olha, que não é lá nada de extraordinário), mas muitas vezes, poucas palavras, bem ditas, fazem mais efeitos que tantos ladainhas infindáveis que ouvimos por aí. A frase era a seguinte: It's never too late to be, who you might have been. Que traduzindo, significa "Nunca é tarde demais para ser quem você poderia ter sido", essa frase é de um autor britânico chamado George Eliot, só a título de informação.
 Eu ouvi isso e juro que guardei comigo, no meu mais interno profundo. 
 E realmente, não é tarde. Eu comecei o balé com 18 anos, mas já vi uma senhora conseguir chegar a tão sonhada sapatilha de pontas, num nível mais avançado, aos 64 anos. Seu sonho é ter um diploma, mas você já está alcançando os tão indesejáveis "enta"? Edaí????
 Julgamentos a parte, só você pode traçar o caminho até os seus sonhos. Se der muita importância ao que os outros falam, não irá alcança-los e também não irá agradar a ninguém. Por mais que tente. Então, guarda isso. Nunca é tarde. Tudo depende da sua força de vontade e esforço. E mesmo que não consiga, antes a tranquilidade de dizer que tentou, que o desprazer de sequer ter lutado por algo. 

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