abril 28, 2016

Deve não ser.


          Seria possível eu não me apaixonar? Tinha algo de especial na sua risada despretenciosa e jeito calmo de lidar com as coisas e ao mesmo tempo, contrastando com toda essa calmaria, tinha esse seu jeito afoito de demonstrar afeto e um amor transbordante que te fazia único. Você, é o tipo de homem que com toda lábia, jeito e malícia, faz qualquer mulher sentir-se a mais desejada entre tantas outras, com um único beijo. É aquele que faz acreditar que tu é única e que morreria para te-la. 
      É claro que percebi algo de muito sinuoso em sua aproximação, mas você, que chegou tão do nada com uma conversa sem pé nem cabeça, com esse jeito (quase) histérico que mal tive como pensar por mim mesma. Não tinha espaço pra racionalidade quando se tratava de você, e era você mesmo quem causava isso, pois sabia que se me deixasse tempo de usar os neurônios, desconfiaria dessa sua natureza tão particular. Desconfiaria desta sua impulsividade e jeito alucinado. Por isso, antes que meus neurônios pudesse reagir, sem sequer perceber, já estava cercada por todo o romantismo, todas as trilhas melosas, todos os chocolates e MPB's possíveis que remetiam exclusivamente a você. 
         Teve Rubel, Esteban, Tiago iorc, Los Hermanos, Cícero... Tudo, me fazia lembrar você, fazia-me cada vez mais te querer. E todas essas parafernalhas te tornava um homem que, se eu contasse, alguém haveria de não acreditar. E com esse turbilhão de emoções, essa chama que tu fez acender, me deixou incapaz de perceber que, era tanto clichê, só podia não ser...  

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